sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

De Repente à Noite

De repente à noite:
só resta eu,
só eu comigo.
Aproveito pra curtir
este encontro tão fugaz,
tão escondido
e me pergunto por fim:
- Estou em paz?
Estou menino?
Porque se criança estou
eu sou meu ninho.

Me aconchegue a solidão
cuide de mim eu mesmo
me abençoe a Trindade
que eu albergo
e em nome deles Três:
Espírito, Filho e Pai,
me declare eu meu sol
eclodindo em mil raios
de amor eterno.


Já Fiz Amor de Toda Forma


Já fiz amor de toda forma
mas nunca fiz do meu pau uma caneta
ou viceversa.
Não é masturbação
nem ejaculo afoito
nem mancho de tinta este papel feito leito
apenas, a pena, pela pena escreve torto
para ficar direito
e fazer amor de qualquer jeito.



Como Pode Tanto Afeto?

Como pode
tanto afeto
por esta velha meia?
É que ela esgarça
cerze
renasce
e continua poderosa
enquanto houver
minha paixão por ela
e pela vida.