quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

24/12/2010 - A cada dezembro morro

(em homenagem a Leonardo Boff)

A cada dezembro morro,
a cada dezembro nasço,
nasço e renasço,
até parar de nascer.

Nasci e renasci
setenta e duas vezes
em dezembro
à procura de Deus.
Hoje,
velho oficialmente,
desfruto em mim da sua presença
e já sei do morrer.

Nasço e renasço.

Eu, criança, pego meu velho pela mão.
Eu, velho, peço calma ao meu menino.
Eu, tão criança, vou.
Eu, tão velho, fico.
E neste ir e estar é que vou levando,
em paz,
sem ambição ou esperança,
apenas amando você, eles e a vida.

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A cada diciembre muero,
a cada diciembre nazco,
nazco y renazco
hasta parar de nacer.

Nací y renací
setenta y dos veces
en diciembre
en busca de Dios.
Hoy,
viejo oficialmente,
disfruto en mi de su presencia
y ya sé del morir.

Nazco y renazco.

Yo, niño, llevo mi viejo de la mano.
Yo, viejo, pido calma a este mi niño.
Yo, tan niño, voy.
Yo, tan viejo, quedo.
Y en este ir y estar es que voy viviendo,
en paz,
sin ambición o esperanza,
apenas amando a ti, a ellos y a la vida.

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